sábado, 26 de junho de 2010

JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ SOMENTE & PENTECOSTALISMO

por John W. Robbins

A verdade da justificação pela fé somente julga e condena o movimento pentecostal-carismático. Ninguém pode crer na justificação pela fé somente e ao mesmo tempo consistentemente subscrever aos princípios básicos do Pentecostalismo.

Nós não negamos que possa haver cristãos verdadeiros que subscrevam à tese Pentecostal. As mentes de algumas pessoas são admiravelmente confusas. Porém, há quatro pontos que devem ser levantados sobre o Pentecostalismo à luz da justificação:

1. Quando Deus justifica o pecador por causa de Cristo somente, Ele faz isto atribuindo ao crente tudo o que Cristo fez em Sua santa obediência em nosso favor. Tudo que Cristo é, toda a Sua justiça inconquistável com todos os seus méritos e heranças, pertence ao pecador necessitado que o Espírito Santo une a Cristo em fé salvadora. Este é o dom que compreende e abrange tudo mais.

Agora, se os nossos amigos pentecostais confessam conosco a magnitude deste dom de justificação, por que eles falam sobre a experiência de ser batizado no Espírito, como se isso fosse algo mais alto e melhor do que o que todo crente em Jesus já possui?

O dom presente do Espírito Santo é somente o “penhor” (Efésios 1:13,14) do que herdamos através de Jesus Cristo. A graça da justificação é como a água no oceano inteiro. A experiência interior é como uma concha pequena segurando um pouco desta água. Um dom que pode ser reduzido à dimensão da experiência de um pecador mortal não é um grande dom de forma alguma.

2. Quando o Pentecostalismo ensina uma experiência religiosa após a justificação e conversão, isso implica que o dom gratuito da justiça de Cristo ao crente não é suficiente para trazer o enchimento, ou batismo, do Espírito Santo.

Mas justificação significa que, visto que a justiça de Cristo é imputada ao crente, Deus deve não somente considerá-lo, mas tratá-lo como justo. Eu não sou um homem justo justificado com Deus? Deus não se deleita e não ama abraçar um homem justo? O apóstolo Paulo diz que o Espírito vem com a bênção da justificação (Romanos 4:1-4; 8:1-10; Gálatas 3:1-14; Efésios 1:24; etc). Uma justificação diante de Deus que não traz o Espírito Santo abundantemente (Tito 3:5-8) não é uma justificação de forma alguma, e não mereceria que se falasse sobre ela — o qual é geralmente o caso entre os entusiastas carismáticos.

3. Se a recepção da justiça imputada pela fé somente não traz com ela o abundante dom do Espírito, outros passos ou técnicas devem ser utilizados para se obter “o melhor do céu”. Aqui a porta está aberta para um novo tipo de legalismo. As pessoas tornam-se obcecadas por receber o Espírito por seus próprios atos de “entrega absoluta”, “dedicação total”, “erradicação de si mesmo” ou “colocar Jesus sobre o trono de sua vida”. A atenção é tirada da mensagem do Evangelho de que Cristo realmente obteve o Espírito para o crente por Seus próprios atos de entrega absoluta, dedicação total, e pela aniquilação do pecado que aconteceu no Calvário (Atos 2:33; Gálatas 3:13,14; João 7:38,39).

Paulo lembra aos gálatas insensatos que o Espírito veio (Gálatas 3:2) e continua a ser dado abundantemente (Gálatas 3:5, tradução literal) pelou ouvir da fé. A pregação do evangelho é a proclamação de como o Espírito vem ao homem pelos atos conquistadores de Jesus em favor do homem. O “galatianismo” proclama como os homens podem ganhar o Espírito.

4. A preocupação esmagadora do Pentecostalismo é a vida interna do crente. Seu testemunho predominante é à experiência interna do Espírito, antes do que à ação histórica de Deus em Jesus Cristo. Por esta razão, a espiritualidade Pentecostal está em harmonia fundamental com a espiritualidade Católica Romana. O Pentecostalismo tem sido capaz de construir uma ponte entre o abismo que existe entre o Romanismo e o Protestatismo apóstata, mas o trânsito ao longo desta ponte é principalmente num sentido. Toda experiência religiosa que é uma negação da justificação pela fé somente encontra sua morada em Roma.


Extraído de: http://www.monergismo.com/

Um comentário:

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